Olhar de turista

Passei a semana em Florianópolis para um seminário do Social Good Brasil. Três dias me abastecendo de MUITAS informações interessantes e conhecendo gente muito mais bacana ainda.
Mas vou falar sobre isso depois. Hoje eu vou me debruçar sobre o olhar de turista.
É olhar de boa vontade. É olhar de descoberta. É olhar do não cotidiano. É olhar que a gente deveria ter alguma hora do dia em nossa própria cidade.
Eu vi uma cidade em que as pessoas se cumprimentam na rua. Me cumprimentam! Ou seja, não apenas os conhecidos, mas as pessoas que cruzam pela gente. Isso me fez tão bem !
Eu vi um ninho de pardais lá num buraquinho do prédio. Pardaizinhos ficam espreitando a vida, aprendendo a voar, resguardados pelos seus pais atentos.

Vi construções lindas que sobrevivem no meio do adensamento urbano. Tá bom, é a casa do Arcebispo, que pode se dar ao luxo de ter essa riqueza no meio dos edifícios.      
 
Mas graças aos atentos cuidados dos defensores do patrimônio, nós também podemos ter acesso ao passado, tombado, cuidado e com ar de cidade de ontem, cidade pequena, cidade com escala tão humana.
 Eu sempre tenho a ilusão de que, vindo a Florianópolis, gostaria de morar aqui, caminhar na Beira Mar toda manhã ou fim de tarde, como se essa fosse a rotina dos moradores. Coisa que, falando com eles, sei que não é bem assim. Mas é muito bom passar pelas cuidadas faixas de segurança, olhar no painel se os raios UV estão dentro do patamar de confiabilidade, arrumar o fôlego e correr! Porque o tempo para passagem é MUITO rápido. Um cadeirante, um idoso, uma grávida, qualquer pessoa com passo mais lento vai ter que parar no canteiro central. Ruim isso. Gostei não...
Mas passando o teste da avenida...ah! Que maravilha. Acessibilidade, ciclovia, calçadas sinalizadas, equipamentos urbanos bem lindos, limpos e abertos. Gostei demais !
No dia que reservei para as praias...CHOVEU. Pé frio Dona Arquiteta. Mas tudo bem, lá vem o olhar de turista socorrer. Se não dá para colocar o pé na areia, vamos olhar em volta, respirar ar puro, estranhar as praias fechadas. Nunca vou entender porque não existem ruas entre as casas e as praias em lugares como Canasvieiras e Jurerê. Me dá uma ideia de exclusão. Meu referencial de praia é sempre uma coisa ampla. E por mais lindos que sejam os encaminhamentos, se são estreitos e meio fechados, eu sempre acho esquisito.
 

Se em alguns locais os bichos não podem entrar, em outros eles são recebidos com toda a pompa e fazem festa! Como na casa de minha prima, no décimo andar, os pássaros se sentem em casa!

E espero continuar por mais alguns dias com meu olhar de turista, mes já estando em Porto Alegre.

Comentários

  1. Querida Elenara, estive no ano passado no 68 Soea en Floripa. Concordo com teus comentarios. Acrescento : no Centro de Convenções, lindo, encontrei varias falhas de acessibilidade, desde o piso da entrada principal e outras como a existencia de UM UNICO elevador de acesso às salas de conferencias, pode?? Deixei por escrito aí no local, os elogios e as criticas. Apesar de ter todas as condições para ser uma cidade modelo...mas mesmo assim, é maravilhosa e as pessos muito solícitas. Achei restaurantes excelentes eo mar ..ah o mar..vi delfins em Canasvieiras. Valeu!

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